sábado, 19 de junho de 2010

Por um mundo decente

Para que tanta ambição?
Para que a malvadeza?
Este mundo era tão são,
E agora é tão sem beleza!

Isto aqui é uma miséria!
É um poço de violência!
A situação é séria,
Onde está a complacência?

Era um mundo tão perfeito,
E tão sem desigualdade,
Era dado ao respeito,
Era mundo de verdade!

Viver ou sobreviver?
Eu me pego a pensar...
Desse jeito dá para ver
Que o mundo vai acabar!

O mundo que quero agora
É um mundo diferente,
Em que a paz reina e mora,
No fundo da nossa mente!

Chuva de recordações

As palavras foram mais que simples palavras,
Deixaram de ser tão abstratas,
Concretizaram-se, tornaram-se verídicas,
Viraram palavras cheias de vida.

Agora eu lembro das coisas que lhe falei,
Sobre mim, sobre você e sobre a chuva também,
Que caiu naquela tarde,
Deixando recordações para o resto da eternidade.

Quem diria, você não acreditou,
A chuva que foi embora, não foi, ela ficou,
E toda vez que cai do céu traz uma lembrança
Dos momentos que passamos nos tempos de criança.

Recordo-me de tudo, parece que foi ontem,
A chuva caindo, você rindo e gritando o meu nome.
Meu amor, você estava tão linda!
Mas as gotas que caíam embelezavam-na mais ainda.

Hoje choveu como naquele dia,
Deitei na minha cama e perdi a alegria.
Eu bem que lhe disse e você nada falou,
Agora a chuva só me traz a dor.

Um dos meus sonhos

Hoje eu olhei na janela
E vi a sua imagem tão bela.
A chuva caía;
A ilusão me feria;
E num toque de poesia
Mais ainda eu refletia.

Cabelos molhados;
Meus olhos vidrados;
Beleza implacável;
Sorriso incomparável;
Um jeito manhoso
E que por sinal gostoso.

Vidrado eu sei que estava,
Acordei e não mais a encontrava.
Vi que era ilusão,
Então dei asa à imaginação.
Peguei folhas e fiz rascunhos
E aqui saiu um dos meus sonhos.

Para ser feliz

Para se feliz
A gente tem que desistir
Da saudade, das dores
Dos sonhos, dos amores
Dos desencontros, das fantasias
Da vingança, das teimosias
Da doce lembrança, da esperança
Do eterno amor, do desamor.

Para ser feliz
A gente tem que desistir

De tentar entender
De tudo saber
De sempre poder
De nunca esquecer

Para ser feliz
A gente tem que desistir
Dessa ilusão
De enganar o coração!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Meus pensamentos; meu coração.

Meus pensamentos são perfumes
Que buscam alguém alem de mim
Alguém que alivie os meus queixumes,
E que no silêncio das minhas noites frias
Tome-me nos braços e me deixe a fim.

Meus pensamentos vagueiam
Querendo refestelar_se com os beijos
De alguém que sacie os meus desejos
Que desvende meus mais íntimos segredos
E que não se perca pelos vãos dos meus dedos.

Meu coração quer ser amado
Meu corpo geme feito tempestade
Cogitando um beijo doce e demorado.
Ser Rei num castelo enluarado
Tendo alguém, por Rainha e majestade.

Meu coração não almeja mais sofrimento
Não agüenta mais o frio do cativeiro,
Vive batendo triste e descompassado.
A procura de um amor puro e verdadeiro,
Que me faça sorrir e esquecer a dor do passado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Palavras, vida, morte e crença

As palavras são tão tristes,
Os sonhos já são pesados,
Mas eu me mantenho unido
Mesmo estando aos pedaços.

Há dificuldade em escrever
E as idéias teimam em fugir.
Sou insensível, sou frio,
Mas há sentimentos aqui.

Há papel, caneta e coração partido,
Há um corpo enterrado e um sonho perdido,
Momentos ruins vividos,
Nomes e amores esquecidos.

Tentando chorar, não podendo sorrir,
Seguindo em frente em fim,
Alma seca, garganta fechada,
Memória amassada, picotada.

Não se briga com a morte, agora eu sei,
Nem se brinca com a vida também
A paz é o equilíbrio entre os mortos e os vivos
Pai, você sempre viverá comigo.

Agora há corações espalhados no chão,
Há um céu cinzento chuviscando solidão,
Flores brancas ornamentando um caixão,
E reações alérgicas nas mãos.

As melhores pessoas não mudam o mundo
Pois Deus as leva para perto de Si.
É uma forma de reafirmar a ideia do céu
E mexer com o coração dos ímpios que ficam aqui.

Entre o céu e você

Que céu lindo!

Profundamente azul
As nuvens são
Como um forro de veludo
Dos mais brancos que há
Um tecido tão doce
E delicado
Que ofende o mais belo
Dos tecidos humanos
Somente em aparência.

Como eu queria
Teus braços agora
Eu sei que eles me trariam
Um pedaço do céu
Você nunca está comigo
Quando estou triste
Pois se há você por perto
Não há tristeza

E hoje eu estou tão triste querida
Eu não tenho nada novo
Nenhuma história para te contar
Só queria teu beijo de novo
Por esta noite inteira
Por esta eterna madrugada
Hoje eu sei
Que a dor que eu sinto
Só você pode aliviar
Você é meu único
Motivo de sorrir
Entres os muitos
Que me fazem chorar.

E agora,
Sozinho em minha casa
Tenho vontade de sair
Profanando o silencio
Com teu nome
E profanando os muros
Com nossas palavras
Você não sai do meu pensamento
Você não sai da minha boca
Você não sai dos meus poemas
Você não sai do meu mundo.

O caos por trás da caneta

Sou poeta,
a noite me chama pelo furo da janela
eu vislumbro o horizonte
a lua está completa,
o ar me afeta,
o vento me alerta:

É hora de sonhar!

Sou homem,
a responsabilidade limita as possibilidades
eu observo meu mundo
com criatividade,
às vezes fugo da verdade,
me sinto covarde.

Eu preciso acordar!

Sou gente,
vivo num mundo onde todo mundo mente,
sigo na ansia da verdade
que me ascende,
assim sou jovem para sempre,
um imortal que mente.

Sou gente!

domingo, 6 de junho de 2010

Desmontado .


Eu me resumo simplesmente
A uma história deprimente
De vãs tentativas de fuga.

Tentei desviar meu caminho
E longe de ti fui sozinho,
Me cercar de pessoas nulas ...

"Para quê ter profundidade?
Para quê as conversas ímpares?"

Ouvi uma idéia bem simples:
- Remonta tua felicidade!
(Outra tolice sem certeza)

E por mais que o mundo não ache,
Em mim só falta teu encaixe:
Solução do quebra-cabeça ...