sábado, 18 de agosto de 2012

Chega uma hora que a gente cansa!



Chega uma hora que tudo te estressa, tudo muda seu humor, tudo te enche o saco. Chega uma hora que alguem que te fazia tão bem, te da nojo, te da vontade de afastar, te da vontade de chorar. Chega uma hora que a rotina cansa, que os amigos não são mais tão amigos assim. Chega uma hora que a paciencia esgota, que o estresse transborda e que as palavras saem até mesmo sem querer. Chega uma hora que você quer distancia, e até o silencio começa a te encomodar. Chega uma hora que você quer ser entendido, mas nem oportunidade te dão pra se explicar, e isso chatea você. Chega uma hora que você cansa de ser o errado, e ser julgado sempre, ate mesmo sem motivos aparentes. Chega uma hora que você larga tudo de mão, ja que ja te largaram de mao tambem. Chega uma hora que voce para de dar explicações dos seus atos, porque nota que ninguem ta nem ai pra você. Chega uma hora que qualquer cara feia te deixa pra baixo, te deixa confuso, sem rumo. Chega uma hora que você começa a fazer pouco caso de tais companias, de tais pessoas. Chega uma hora que você enjoa até de você mesmo, de tanto cansaço e decepção. Chega uma hora que você sente vontade de mandar todo mundo se danar, e te DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIXAR PRA LÁ!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Saudade..

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se Ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupado; Não saber se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Skol; se ela continua preferindo suco; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando tão bem; se ela continua detestando o MC Donald's; se ele continua amando; se ela continua a chorar até nas comédias. Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; não saber como frear as lágrimas diante de uma música; não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...


Autor: Miguel Falabella